Este paciente me procurou , solicitando que seja feita a endodontia deste elemento dental.
Descreve que houve um trauma ocaionado por uma cotovelada em jogo de futebol.
O trauma ocorreu em julho de 2008, ocasiao da primeira radiografia enviada. Desde entao o dente se mantem assintomatico.Nao ha presenca de dor ou mobilidade. Asegunda radiografia foi realizada ha um mes. O paciente relata que necessita de tratamento endodontico e que seu ortodontista pede a realizacao da endodontia . Gostaria de saber a opiniao de vcs sobre:
1- realizar a endo ou nao?
2-este dente podera se submeter a movimentacao dentaria?
3-se for realizar a endo, o tratamento devera ser realizado apenas na porcao coronaria?
um abraco
Simone Nalin Favinha
Olá, Simone!! Situação difícil, hein?! O ortodontista praticamente convenceu o paciente a fazer o tratamento endodôntico e a "bucha" ficou na sua mão!! Parece que houve uma fratura horizontal da raiz, e o que o profissional fará com o terço apical que não for movimentado?? A situação é muito delicada para vc decidir sozinha. A minha opinião é a de que vc deve conversar com o ortodontista e explicar as possibilidades antes de tomar a decisão de fazer ou não o tratamento, mas antes confirme a resposta de sensibilidade vital desse dente.
ResponderExcluirAbraços,
Flávia
OK Flavia
ResponderExcluirMuito obrigada. Farei o teste de vitalidade e terei uma conversa com o ortodontista.
Um grande abraco
Simone
Olá Simone, obrigado pela participação no blog.
ResponderExcluirRealmente, o tratamento endodôntico deve ser restrito a situação em que há comprometimento irreversível pulpar. Não é "salvação" para permitir movimentação dentária em dente com fratura horizontal da raiz. Qual o objetivo do ortodontista em ser tão incisivo em colocar a necessidade de realização da endodontia? Portanto, o teste de sensibilidade é determinante. Em caso de resposta positiva e normal, não existe nenhuma motivação para endo. Quanto a movimentação ortodôntica, depende da mecânica e critérios do ortodontista, mas vejo o caso, em princípio, como contra-indicação.
Grande abraço, Carlos Bueno