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ENDODONTIA MODERNA OBJETIVANDO RESULTADOS CLÍNICOS

ENDODONTIA MODERNA OBJETIVANDO RESULTADOS CLÍNICOS
EEC

segunda-feira, 8 de junho de 2009

DOR associado ao tratamento endodôntico (Int Endod J / Junho 2009)

Pain associated with root canal treatment
J. J. Segura-Egea, R. Cisneros-Cabello, J. M. Llamas-Carreras & E. Velasco-Ortega
International Endodontic Journal, 42, 614–620, 2009

Este trabalho procurou analisar a incidência de dor durante o tratamento endodôntico e correlacionar essa ocorrência com a idade do paciente, gênero, diagnóstico pulpar, situação do periápice, características do dente e tempo de tratamento.
Um total de 176 pacientes foram avaliados aleatoriamente no estudo, com idade entre 6 e 83 anos, onde estes descreveram o nível de dor através de uma escala pré-determinada que compreendia os valores de 0 à 10.
Dados do Trabalho
Gênero: 68 homens / 108 mulheres
Dentes: 92 dentes superiores / 84 inferiores

Resultados:
O nível de dor durante os tratamentos avaliados no estudo ficou em torno de 1.2 ± 0.8 dentre da escala utilizada.

A dor esteve ausente em 54% dos casos, e em casos que ela esteve presente foi leve em 34% dos casos, moderada em 9% e intensa em 3%.

Entre os gêneros o nível de dor não teve diferença estatística significante.

Pacientes até 35 anos tiveram mais sintomatologia durante o tratamento comparado a pacientes com idade acima de 35 anos.

Dentes posteriores foram mais relacionados a dor, independente do grau, quando comparados a dentes anteriores.

Um dado interessante que foi observado diz respeito à correlação de sintomatologia com o tempo de tratamento. Pacientes tiveram menores respostas dolorosas quando os tratamentos foram realizados em menor tempo. Quando os procedimentos alcançavam ou ultrapassavam 60 min, a incidência de pacientes que tinham qualquer sintomatologia aumentava.

Em consideração ao diagnóstico pulpar e estado periapical (observado radiograficamente): 53% dos dentes estavam em necrose pulpar, 40% com pulpite irreversível e somente 7% em estado aparentemente normal. Em 39% dos casos estavam em quadro de periodontite apical aguda, 52% com periodontite apical crônica e somente 10% em estado de normalidade radiograficamente verificada. A dor esteve mais presente nos casos onde o tratamento endodôntico foi realizado com diagnóstico pulpar de pulpite irreversível ou quando em periodontite apical aguda, comparado a casos de necrose pulpar ou periodontite apical crônica.

Os autores verificaram que a idade, o tipo de dente e o tempo de tratamento são fatores que estão intimamente relacionados ao aumento da incidência de dor em pacientes.

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