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ENDODONTIA MODERNA OBJETIVANDO RESULTADOS CLÍNICOS

ENDODONTIA MODERNA OBJETIVANDO RESULTADOS CLÍNICOS
EEC

domingo, 21 de junho de 2009

Caso de Lesão Persistente

O caso a seguir trata-se de um paciente portador de lesão persistente na região periapical dos elementos 12 e 11. Nessa região já foi realizada uma primeira cirurgia e ainda o paciente relata sintomatologia. Antes da reintervenção foi solicitada uma tomografia da região:

Dente 12:
Dente 11:

Observem a apicectomia como foi realizada em ambos os dentes. A possível falta de perpendicularidade com o longo eixo desses elementos pode ter sido determinante para o insucesso do caso? Ou a possibilidade de uma fratura impede a cicatrização nesta região?



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3 comentários:

  1. Sem dúvida, a falta de perpendicularidade em relação ao longo eixo do elementos dentais na apicectomia pode ser uma causa determinante para o insucesso, uma vez que a chamada "zona crítica" não é totalmente removida, permitindo assim que fique uma área remanescente de delta apicais, foraminas etc. Contudo, se realizado préviamente a terapia endodontica convencional, isto é, não cirúrgica, utilizando como solção irrigadora o hipoclorito de sódio em concentração de 2,5% ou 5%, utilizando uma medicação intracanal como o hidróxido de cálcio, ou ainda o hidróxido de cálcio associado a clorexidina por sua ação antibacteriana, para então realizar terapia cirúrgica; acho intrigante não ter se obtido resultados satisfatórios. Entretanto, a imagem radiográfica do dente 11 sugere uma fratura radicular, e esta poderia interferir no processo de cicatrização, porém com uma boa radiografia periapical, esta correlação poderia ser melhor observada. Em um exame clínico, se houver realmente uma fratura radicular, o paciente apresentaria também dor a percussão horizontal. Em uma outra tentativa para obtenção do diagnóstico de fratura radicular, poderia se utilizar o localizador foraminal durante o retratamento, uma vez que o elemento dental 11 aparenta ter uma obturação deficiente, provavelmente decorrente de um preparo químico mecânico inadequado, deste modo se houvesse uma fratura o localizador iria indicar o apex antes do comprimento inicial ou aparente do dente, com uma medida próxima a da suposta linha de fratura.

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  2. Gostaria de saber se as observações acima estão corretas e se existem outras possibolidades. Um grande abraço a toda equipe!!! Marcelo Pellegrini

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  3. Grande Marcelo...ficamos contentes em saber que nossos ex-alunos e agora colegas especialistas participem do blog!! Suas considerações são pertinentes...e este espaço tem essa finalidade mesmo, discutir e debater idéias... e por isso comentários são sempre bem vindos! Concordo com que vc disse com relação a falta de planejamento no momento da apicectomia,o que pode ter influenciado sim no insucesso. Já frente ao fato de se ter irrigado com uma substância (2.5-5% de NaOCl), ou medicado com CaOH associado ou não ao CHX, isso é relativo, garanto que vc ao longo dos casos que vai ainda "enfrentar" pela frente vai acabar deparando-se com insucessos mesmo tendo realizado o canal na melhor forma possível...e isso pode ter várias causas: fraturas/trincas (antes não observadas), complexidades anatômicas, limitações técnicas, biofilme apical e pq não dizer infecções por bactérias extremamente resistentes ao nossos procedimentos de saneamento e desinfecção...O fato de se diagnosticar fraturas com localizador tb pode ser relativo, acredito que a melhor formaatualmente é verifcar perdas ósseas laterais as raízes, sondar um possível bolsa periodontal e pq não lançar mão te uma tomografia?...bom Marcelo espero ter colaborado com alguma coisa...e sempre que possível visite nosso blog e nos envie casos, mesmo que não finalizados para debatermos e contribuirmos para uma endodontia melhor a cada dia...
    grande abraço

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Comentários